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Divulgação do Projecto

Divulgação do Projecto

Centro Popular de Trabalhadores dos Assentos

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Agradecimentos

Pela paciência, compreensão, disponibilidade e por toda a ajuda passamos a agradecer:

Instituições:
"Centro Popular de Trabalhadores dos Assentos"
Director Paulo Milhinhos

"Santa Casa da Misericórdia de Portalegre"
Srª Provedora Piedade Murta
Técnica de Animação Teresa Freitas
Pedro Candeias

"Internato Distrital da Nossa Senhora da Conceição"
Drª Ilda Farinha

Instituto Politécnico de Portalegre
Escola Superior de Educação de Portalegre

Professor Dr. Avelino Bento;
Professor Jorge e Gabinete de Audiovisuais

Sr. Vaz
Sr. Amadeu
Alunas de Serviço Social
Srª Susy Rodrigues e alunas (Danças Orientais)
Claudio, Nelson, Ana Isa e Giovania (Danças Africanas)
Sr.Braga (Rancho Folclórico e Cultural da Boavista )
Sr. Daniel Barros (Gymno B)
Luís Cristo
Luís Ramos

Avaliação

No dia 31 de Maio de 2008, colocamos o nosso projecto em prática na Escola Superior de Educação de Portalegre.
O projecto consistiu num Mercado da Solidariedade, onde começamos por fazer uma breve apresentação de todas as pessoas que iam participar no mesmo. Após esta introdução, começámos por dar início aos serviços. As três instituições começaram por apresentar o que tinham delineado para este dia, como um workshop de dança oriental e ladies dance pelas meninas do Internato; uma demonstração de dança oriental, que foi dada por quatro meninas que têm aulas num espaço cedido pelo Centro Popular de Trabalhadores dos Assentos, e danças africanas, em que participaram quatro pessoas da comunidade africana residentes no Bairro dos Assentos; assistimos a uma dinâmica de actividades desportivas, que foi realizado pelo professor Pedro Candeias e por último, um utente da Santa Casa da Misericórdia presenteou-nos com belíssimas histórias.
Uma vez terminados os serviços, demos início à troca de bens, em que, participaram somente a Santa Casa da Misericórdia e o Internato.
As bancas existentes no mercado foram a banca da criatividade (o bem para troca eram os separadores); a banca da culinária (o bem para troca eram a boleima e a limonada); a banca da fotografia (o bem para troca eram fotografias); a banca das garrafas (o bem para a troca eram garrafas pintadas) e a banca da Santa Casa da Misericórdia (o bem para troca eram os bonecos fuchicos). A banca que nos competia (Centro Popular de Trabalhadores dos Assentos) trazer para o mercado, não foi partilhada pois o compromisso que a senhora assumiu não foi cumprido por ela. Foi por este motivo que não tivemos a oportunidade de participar na troca de bens, o que nos causou algum desconforto perante as nossas colegas, sentimo-nos um pouco desamparadas. Contudo pensamos que foi bastante positivo, uma vez, que houve bastante adesão por parte dos participantes.
Qualquer projecto realizado tem altos e baixos, mas pensamos que o nosso correu de uma forma positiva e os objectivos foram alcançados. Houve bastante esforço e empenho de todas os grupos, para que este dia corresse da melhor forma possível.
O mercado solidário, sendo uma iniciativa na cidade de Portalegre, foi uma experiência interessante e na nossa opinião achamos que as pessoas que participaram, assim como, as que assistiram perceberam como funciona um mercado solidário e o porquê de ser importante a sua realização.


"Não há projectos falhados mas sim pequenos passos para mais tarde atingir a perfeição"
por: Teresa Pedro

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Contextualização Teórica

A Animação Sociocultural, qualquer que seja o seu âmbito de intervenção profissional/social, deve ser um elemento fundamental e estruturante de processos de mudança social.
E. Ander-Egg (1980) define o desenvolvimento comunitário como “um processo destinado a criar condições de progresso económico e social para toda a comunidade, com a participação activa da mesma, e a maior confiança possível na sua iniciativa […] tendo como objectivo conseguir uma melhor e maior participação da população nos assuntos locais…”. Deste modo, para mobilizar todos os membros de uma comunidade, a animação comunitária estimula a iniciativa e a participação, proporcionando um tempo de escuta, discussão e reflexão, em que se favorece a evolução das mentalidades, das suas aspirações e necessidades.
Assim sendo, visa uma articulação de objectivos que permite ajudar na solução de problemas concretos, promoção da capacidade de grupos de população através da formação, organização e desenvolvimento de relações entre os diferentes grupos sociais, contribuir para a melhoria da qualidade de vida, bens e serviços.
Segundo Trilla (1997 y 1998) as minorias étnicas “necessitam preservar a sua identidade e dignidade numa integração e convivência intercultural, assim como desfrutar da igualdade de oportunidades e do respeito pelas diferenças. Os indivíduos inseridos nestas minorias também têm o direito de participar activamente nas estruturas que se encontram à sua volta.
Os critérios metodológicos de intervenção deveriam orientar-se sobre um trabalho de convivência intercultural, de uma ligação e proximidade afectiva, uma intervenção educativa intercultural e tendo em conta a adaptabilidade e a integração da sua própria cultura desde a vivencia do ócio ao trabalho na comunidade contra estes estereótipos”. Assim sendo, o animador como agente social actuará junto destas comunidades promovendo nas pessoas e nos grupos uma atitude de participação activa no processo do próprio desenvolvimento.
Inscrito na Iniciativa Comunitária EQUAL, o Projecto Solidariedade Cidadã constitui a Acção de Disseminação do produto Animação Cidadã para a Acção Solidária, resultante da vertente social do Projecto São Brás Solidário. O projecto visa garantir a divulgação e apropriação do referido produto por parte de discentes e docentes de vários estabelecimentos de ensino superior e a realização de experiências baseadas nas propostas inscritas na vertente social do Projecto São Brás Solidário – Encontros Comunitários, Rede de Voluntariado, Mercado Solidário e Feira da Solidariedade.
O nosso projecto integra o Mercado Solidário que consiste numa troca de bens e serviços com recurso a uma moeda social.

Planificação do Dia da Intervenção

* 15h 00 – Apresentação das Instituições;
* 15h15 – Actividades desportivas com os idosos da Santa Casa da Misericórdia de Portalegre;
* 15h30 – Demonstração de dança oriental do Centro Popular dos Trabalhadores dos Assentos;
* 15h45 – Workshop de dança oriental com o Internato Distrital da Nossa Senhora da Conceição de Portalegre;
* 16h00 – Contador de histórias da Santa Casa da Misericórdia de Portalegre;
* 16h15 – Workshop de ladys dance com o Internato Distrital da Nossa Senhora da Conceição de Portalegre;
* 16h30 – Troca de bens entre Instituições;
* 17h15 – Actuação do Rancho Folclórico e Cultural da Boavista.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Actividades

Danças Africanas
Mistura de sons, ritmos e movimentos tradicionais com realce a espontaneidade dos corpos no passo certo ao som da música africana.

Danças a par
A proximidade de dois corpos num só movimento, e a inevitável sensualidade são notórias enquanto dançam.

Ritmos
Ao ritmo do Semba, Funaná, Kuduro, Sakiss, Puita, Marrabenta, e outros sons da música folclórica, são dançadas em pequenas coreografias, trabalhando assim os movimentos da anca, o rebolar dos glúteos, e a facilidade de juntar a agilidade dos braços, pernas e cabeça, num só movimento culminando num trabalho de ritmo corporal.

Kizomba
Kizomba é uma terminologia Angolana da expressão linguística Kimbundo que significa"festa".
A expressão Kizomba, como dança nasceu em Angola nos anos 80 em Luanda, após as grandes influências musicais dos Zouks, e com a introdução das caixas rítmicas drum-machine, depois com os grandes concursos que invadiram Angola, desde ai essa expressão se ouvir e manteve, passando pelo Cavalinho, e o kizomba corrida, também nesta época apareceram as kizombas acrobáticas dançada por dois rapazes, mas também é de salientar que as grandes farras (1) entre amigos nos anos 50/70 eram chamadas Kizombadas" (2) porque nesta altura não existia kizomba como expressão bailada e nem musical. Voltando aos anos 50/60 em Angola já se dançava a o Semba, Maringa, Kabetula, Caduque que deu origem à Rebita e outros estilos musicais tipicamente de Angola, mas também outros estilos provenientes de outros continentes, influenciaram música, e a dança, como o Tango, a Plena o Merengue etc., estes eram dançadas nas grandes farras já ao nosso estilo.
Estes estilos de dança outrora eram chamadas danças da "Umbigada"ou danças do "umbigo" só para lembrar que alguns desses estilos têm influências de uma dança portuguesa que se chama "Lundum" (3) que também era dançada a pares, mas que foi proibida de ser dançada porque era considerada dança erótica. Já naquela altura com esses estilos já se fazia nomes nos bailes porque existiam grandes bailadores que também deram uma grande ênfase ao levar estas danças aos bailes, nomes como Mateus Pele do Zangado, João Cometa, e Joana Perna Mbunco, Jack Rumba eram os mais apontados porque estes ao dançarem escreviam no chão, as passadas (4) eram notórias nos seus estilos de exibição ao ritmo do Semba. As passadas como o corridinho a meia-lua e as saídas laterais eram as mais usadas pelos cavalheiros.
1- Farras (festas)
2- Kizombadas (grandes festas)
3 Lundum dança da umbigada
Portuguesa proibida na época
4- Coordenação de passos

Funaná
Género de música e dança cabo-verdiana, característico da ilha de Santiago que tradicionalmente animava as festas dos camponeses. É a mais frenética e rápida das danças de pares de Cabo Verde, geralmente acompanhada de uma concertina, onde o ritmo é produzido por esfregar de uma faca numa barra de ferro.
Nesta dança o cavalheiro joga sobre o ritmo uma base andante de longos solos compostos por momentos fortes de pausa /exaltação até ao auge ou "djeta", gritos, exibindo a todos a sua virilidade e dotes de grande dançadores. O Funaná é conotado como dança de transe.


As actividades que iremos realizar, como não podia deixar de ser focam fundamentalmente aspectos característicos que definem as várias culturas intervenientes no projecto.


As mostras Gastronómicas

A Gatronomia Goesa
A gastronomia goesa é o resultado da sinergia cultural entre a Índia e Portugal, uma ponte deliciosa entre o Oriente e o Ocidente. Com o cravo da Índia, o açafrão, o gengibre, o cardomomo, os cominhos e a mais famosa pimenta do reino conseguiu-se criar, com alma de artista, um manjar digno dos deuses.
A cozinha goesa caracteriza-se fundamentalmente pelos seus temperos, alguns com assentuado sabor, e também pelo forte e agradável odor.
Os principais pratos são o Sacarbat, o Chacuti de galinha, Bogins e Chapatís. Na doçaria destaca-se o Alvá, os Gellebis, a Jagrada entre muitos outros. As bebidas são o Feni e a Urraca.




Breve história da Dança Oriental
A história da dança oriental ou dança do ventre é antiga e complexa, envolvendo culturas muito diferentes e tendo-se desenvolvido sob as mais variadas formas. Existe muito pouca documentação acerca da sua evolução. A isto acresce o facto da dança ter desaparecido dos livros durante vários séculos, por motivos culturais e religiosos, só voltando a aparecer novamente nos sécs. XVIII e XIX. Assim, é importante ter sempre presente que muitas das teorias a seu respeito são apenas tentativas de explicação da sua origem, com todas as ressalvas que isso implica, sendo necessário muito cuidado e bom senso quando se fazem afirmações e se obtêm informações a seu respeito.
Aquilo a que chamamos hoje em dia no ocidente «dança do ventre» (denominação dada pelos europeus no séc. XIX por se caracterizar por uma série de movimentos ausentes da linguagem corporal da dança europeia da época) recebeu nomes diferentes de região em região. É conhecida na Grécia como cifte telli, na Turquia como rakkase e no Egipto como raks sharki. Raks sharki significa literalmente «dança do oriente», assim chamada pelos egípcios para a distinguir da dança do povo ou raks-al-baladi, a forma tradicional da dança a solo das mulheres.
Pode ser considerada a dança clássica do mundo árabe, pois conjuga os estilos musicais e os movimentos de cada um dos povos a partir de cujo substrato cultural evoluiu. Encontra-se, podemos dizer, a meio caminho entre o folclore e a criação individual.







Diário de Bordo



Cronograma

segunda-feira, 19 de maio de 2008

O Projecto

O Projecto
No âmbito da unidade curricular de projecto foi-nos proposto a realização de um projecto Animação Sociocultural na instituição (Centro Popular de Trabalhadores dos Assentos) situada em Portalegre. Assim sendo, iremos abordar temas como a Animação sociocultural e a sua vertente comunitária, uma vez que o projecto se direcciona para a comunidade dos Assentos. O nosso trabalho insere-se ainda no projecto Solidariedade Cidadã, mais especificamente na organização do Mercado Solidário no qual, em conjunto com as instituições envolvidas no mesmo (Santa Casa da Misericórdia de Portalegre e Internato distrital da Nossa Senhora da Conceição), iremos realizar algumas actividades de cariz sociocultural.

Assentos Animados surge para ANIMAR a população de modo a sensibilizá-la para a existência e valor das diferentes culturas que coabitam lado a lado na sociedade em que vivemos.

Descrição do Projecto
O Projecto “Assentos Animados” será posto em prática no dia 31 de Maio de 2008, abrangendo o Mercado Solidário, cujo local será no recinto da Escola Superior de Educação, em Portalegre.
O Mercado Solidário corresponde à designação dada num anterior projecto denominado “São Brás Solidário”.
O Mercado consiste numa troca com recurso a uma moeda social. O Mercado Solidário tem como base uma economia solidária que aposta no bem-estar colectivo, em detrimento da acumulação de riqueza em poucas mãos. As pessoas ajudam-se mutuamente, de forma a trocarem os seus produtos e serviços sem usar o dinheiro oficial. Uma vez que, existem dois tipos de limitações, nem sempre quem necessita de alguma coisa pode oferecer alguma outra em troca à mesma pessoa que produz aquilo de que necessite, e nem sempre os produtos e serviços trocados têm valor equivalente, foi criada uma outra moeda que substitui o dinheiro oficial e facilitando desta forma a troca entre os elementos.
Assim, o Mercado irá ser realizado por quatro fases: iniciar-se-á com uma dinâmica de grupo, com a finalidade de apresentação de todos os participantes do mercado; segue-se a troca de serviços e posteriormente a de bens com recurso a uma ou duas “mãos”, que será a moeda solidária utilizada. Finalmente para o encerramento do mercado contaremos com a participação do Rancho Folclórico da Boavista.

Principais objectivos
♦ Integração dos grupos num todo social;
♦ Transmissão de conhecimentos relativos a outras culturas;
♦ Valorização das capacidades, saberes e culturas das diferentes etnias residente no Bairro dos Assentos;
♦ Incentivar e solidificar a integração social das etnias, dando-lhes a oportunidade de transmitirem a sua cultura e os seus saberes;
♦ Sensibilizar para a importância da solidariedade, de forma a combater a exclusão social das etnias;
♦ Fomentar uma interligação entre as diferentes instituições recorrendo à solidariedade;
♦ Proporcionar um dia de divertimento e convívio entre os participantes do Mercado Solidário.


Metodologia
Para dar início à concretização do projecto “Assentos Animados”, passámos por várias etapas. Inicialmente realizámos as pesquisas documentais, com o intuito de conhecer melhor o Centro Popular de Trabalhadores dos Assentos. Desta forma, estabelecemos o primeiro contacto com a instituição para explicar o nosso projecto e os nossos objectivos. Seguidamente efectuamos uma pesquisa sobre as actividades realizadas pela instituição em causa, as diferentes culturas e as problemáticas do Bairro dos Assentos.
Finda a primeira etapa de investigação, estabelecemos os primeiros contactos com várias pessoas de algumas etnias minoritárias deste Bairro, com o objectivo de lhes dar a conhecer o Projecto “Assentos Animados” e de estabelecer uma relação de proximidade com as mesmas. Estabelecemos também contacto com outras instituições, com a finalidade, de conhecer um pouco sobre a história deste emblemático Bairro e também das várias comunidades que habitam no mesmo.
Após um conhecimento geral das culturas, necessidades, assim como, as problemáticas, começámos a trabalhar com as diferentes pessoas das comunidades, propondo-as a participar no Mercado Solidário, que se irá realizar em conjunto com a Santa Casa da Misericórdia e o Internato Distrital Nossa Senhora da Conceição, situadas na cidade de Portalegre.

O Bairro dos Assentos

O Bairro social dos Assentos foi construído no ano de 1979 com o intuito de alojar famílias carenciadas e retornados vindos da Guerra Colonial. A sua edificação foi iniciada pela Câmara Municipal de Portalegre, e de seguida pelo antigo IGAP (Instituto de Gestão e Administração Pública). Em Agosto de 2003 voltou novamente à responsabilidade da Câmara.
Neste momento existem aproximadamente 620 Habitações.
O Bairro é composto por uma população heterogénea, apresentando défices a vários níveis.
Essas necessidades, ou os problemas existentes nesta comunidade, são nomeadamente o desemprego, existência de muitas famílias carenciadas e o abandono escolar.

Interculturalidade

A prática da educação intercultural implica uma mudança de paradigma que considera "o outro e o diferente como ponto de partida" (Perotti, 1997)
O conceito de interculturalidade tem uma forte relação com o de educação, ambos uma necessidade e exigência da sociedade actual. A complexidade e multiculturalidade são fenómenos intrinsecamente ligados ao mundo actual, onde globalização, migração, minorias e tentativas de hegemonia são realidades efectivas. A interculturalidade passa pois pelo desafio lançado pela globalização e suas implicações étnicas e culturais. Identidade, homogeneidade e diversidade são os eixos definidores da interculturalidade, que tem na educação e suas instituições e agentes os meios de desenvolvimento. Os valores são os da paz, da cidadania, dos direitos humanos, da igualdade, tolerância, educação multicultural. A interculturalidade visa assim não apenas a formação mas também a integração dos grupos no todo social, perante o individualismo e a cultura consumista e imediatista da globalização, pressupõe também a educação democrática, a transnacionalidade e a superação dos hermetismos sociais do Estado-Nação, bem como a oposição à supremacia de culturas.
A cidadania global, a educação e a sociedade em fusão, são os valores transversais da interculturalidade social do mundo de hoje. Esta é assim, um dos instrumentos de amenização e refundação da sociedade moderna no caminho da globalização. Uma globalização de valores, de cultura, de formação, de identidades e de cidadania plena.

Animação social e comunitária

ANIMAÇÃO COMUNITÁRIA é uma forma de acção sócio pedagógica que visa a transformação social, o desenvolvimento, através da participação, tendo como objectivo animar as populações para a prática cultural, para que a cultura faça parte do quotidiano das pessoas e lhes permita pensar e agir de forma mais integrada, esclarecida, voluntária. Respeita e estimula a manifestação dessas diferenças, porquanto se assume como facilitadora da criação cultural quotidiana, ou seja, da compreensão crítica do mundo e da sua transformação.
É uma tecnologia social que tem a sua fundamentação nas diferentes ciências sociais.
Não é uma ciência, porquanto não possui teorias explicativas que lhe sejam próprias, mas sim um modo de acção específica voltado para certas finalidades que orientam essas acções. Tem, portanto, um sentido projectivo que visa “agitar” as comunidades no sentido de se capacitarem técnica e intelectualmente para serem autoras da sua vida, respeitando os participantes das acções, os seus ritmos, os seus saberes práticos, os seus conhecimentos, tendo em conta que cada pessoa só pode realizar o seu ser em liberdade, sem pressas, sem modelos impostos.
A Animação Comunitária tem de ser provocadora, tem de “estimular” as consciências das pessoas para que estas encontrem espaços de diálogo, “perturbem” a ordem estabelecida, rompam o círculo em que se fecham, abrindo-se assim para novos horizontes. (Animação Comunitária (vários autores), Lisboa, Cadernos “Correio Pedagógico”, Nº 18, 1993.)

A Animação Sociocultural é uma estratégia de intervenção que trabalha para um determinado modelo de desenvolvimento comunitário. Este modelo de desenvolvimento em, de e para a comunidade tem como finalidades últimas, promover a participação e dinamização social, a partir dos processos de responsabilização dos indivíduos na gestão e direcção dos seus próprios recursos. A Animação Sociocultural é um instrumento adequado para motivar e exercer a participação. A visão de desenvolvimento comunitário parte da necessidade de uma adequada articulação da sociedade, em que os três eixos por que é constituído: Estado, Mercados e Sector terciário, trabalhem de forma complementar e onde a solidariedade exista no interior de cada um deles. (TRILLA, 1997 e 1998,P.293)

Historial do Centro Popular de Trabalhadores dos Assentos

No dia 20 de Novembro de 1969, realizou-se a primeira reunião formal que veio a dar origem ao Centro Social da Vila Nova. Bairro que abrangia as classes mais pobres do Concelho de Portalegre e que hoje é uma Zona Limítrofe do Bairro dos Assentos. Deram-se aí os primeiros passos na área do associativismo.
Em 1979, foi fundado o Bairro dos Assentos. Com o aumento da população surgiram novas necessidades sociais, culturais, recreativas e desportivas.
A Câmara Municipal de Portalegre, através do seu Presidente, Fernando Soares, a Delegação de Portalegre da Direcção-Geral dos Desportos e a Delegação do Inatel de Portalegre, estimularam a criação de um Centro Social dos Assentos, uma vez que o Centro Social da Vila Nova, se tinha desactivado.
Com o objectivo de dar resposta ao aumento da população e sempre com a função de dar resposta às necessidades da população residente e de zonas limítrofes foi criado o Centro Popular de Trabalhadores dos Assentos.
Em 1980 começam a ser dados os primeiros passos para a criação do Centro Popular de Trabalhadores dos Assentos. Sendo o mesmo fundado em 10 de Novembro de 1980.
No dia 12 de Fevereiro de 1981 é feita oficialmente a escritura do Centro.
“ Certifico narrativamente, que, por escritura de doze deste mês, lavrada de folha 80 a folha oitenta e um do livro de notas para escrituras diversas n º 74 – B do Cartório Notarial de Portalegre, foi constituída uma associação denominada Centro Popular de Trabalhadores dos Assentos “Certifico narrativamente, que, por escritura de doze deste mês, lavrada de folha 80 a folha oitenta e um do livro de notas para escrituras diversas n º 74 – B do Cartório Notarial de Portalegre, foi constituída uma associação denominada Centro Popular de Trabalhadores dos Assentos, com sede no Bairro dos Assentos Freguesia da Sé, concelho de Portalegre, que tem por fim dirigir e incentivar áreas culturais, desportivas e recreativas e durará por tempo indeterminado, podendo ser sócios e participar nas actividades todas as pessoas moradoras na área do bairro ou fora dele, sendo da competência da direcção a exoneração e a exclusão de associados.
(Cartório Notarial de Portalegre, 26 de Fevereiro de 1981
Publicado no Diário da Republica 2 de Abril de 1981)
Este Centro Popular de Trabalhadores dos Assentos, é filiado desde 12 de Junho de 1986 e tem o número 526 do Instituto Nacional Para Aproveitamento dos Tempos Livres – Inatel.
Ao longo dos anos, foi desenvolvida intensa actividade desportiva em diversas modalidades.
Realizam todos os anos uma prova de BTT – Cross Country dos Assentos, uma prova desportiva distrital a nível do Inatel na modalidade dos jogos tradicionais.
Foram ganhos Campeonatos Nacionais e Distritais em diversas modalidades tais como Damas e Xadrez, Tiro ao Alvo, Atletismo.
Actualmente em termos Desportivos, estão filiados na Associação de Futebol de Portalegre, desenvolvendo o desporto a nível competitivo na modalidade de Futebol, para crianças entre os oito e dez anos.
Em termos Culturais, o Centro criou no dia 1 de Outubro de 2001 o Coro Infantil dos Assentos, grupo esse se autonomizou em 30 de Julho de 2004.
Realizam-se periodicamente debates, sobre os mais diversos temas de interesse para a juventude do Bairro dos Assentos.
Em termos Recreativos é o Centro Popular de Trabalhadores dos Assentos, que realiza no Bairro dos Assentos os tradicionais Bailes de Salão em datas históricas, como o 25 de Abril, 1 de Maio, 5 de Outubro, dez de Novembro (dia do aniversário do Centro Popular de Trabalhadores dos Assentos).
É também esta colectividade que organiza os Santos Populares no Bairro dos Assentos, concretamente o Santo António, padroeiro de Portalegre, assim bem como o São João, São Pedro e São Paulo e Santa Isabel, padroeira do Centro Popular de Trabalhadores dos Assentos.
Estão integrados na Rede Social do Concelho de Portalegre e são parceiros activos no Projecto Raiz, em parceria com a Obra Social do Sagrado Coração de Maria.
Em atenção aos problemas sociais do Bairro dos Assentos, foi estabelecido um protocolo com o Sagrado Coração de Maria, de acolhimento de crianças que ocupam nas instalações os seus tempos livres.
Ainda na área Social são sócios desde Maio de 2005 da REAPN, Rede Europeia Anti-Pobreza Portugal.

Contactos

Escola Superior de Educação de Portalegre
Apartado 125
Praça da República
7300-957 Portalegre
www.esep.pt

Centro Popular dos Trabalhadores dos Assentos
Rua Jorge Macedo nº2-4-6
7300-255 Portalegre
Tel: 245362549; 245366253

Projecto Enraizar
Traseiras da Rua Padre Diogo Pereira Sotto Mayor,
Lt. 16 Loja 18
7300-040 Portalegre
Telf./Fax: 245362458
enraizar@gmail.com

Anexos

Carta para a Instituição
Grupo de Alunas do 3ª Ano do curso de ASC
Escola Superior de Educação de Portalegre
Apartado 125
Praça da República
1701-957 Portalegre Codex
E-mail do Grupo: Assentosanimados@gmail.com

Exm. Sr. Director Centro Popular
dos Trabalhadores dos Assentos
Rua Jorge Macedo, 2-4-6 7300-255 Portalegre

Portalegre, 9 de Abril de 2008

Exm. Sr. Dr.
Somos alunas do 3º ano do curso de Animação Sociocultural da Escola Superior de Educação de Portalegre. No âmbito da disciplina de Projecto, orientada pelo Professor Avelino Bento, foi-nos delegado a realização de um projecto de intervenção sociocultural dirigido à instituição que V. Exª dirige.
O projecto deverá ser colocado em prática entre os dias 30 ou 31 de Maio de 2008.
Deste modo gostaríamos, de acordo com as propostas que apresentaremos, solicitar autorização para a realização do mesmo.
Convictos de que V. Exª irá atender este pedido, queira aceitar os nossos melhores cumprimentos.

Convite